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segunda-feira, 5 de abril de 2010

Campanha visa combater o uso das pulseiras coloridas

A repercussão negativa a respeito do uso das pulseiras coloridas que ficaram famosas no Brasil no último mês começa a ganhar força em Manaus

Por Sheila Bastos

A delegada Linda Gláucia, da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (Deapca), anunciou que irá protocolizar nesta segunda-feira (5) uma ação junto ao juiz da Infância e da Juventude, Bismarck Gonçalves Leite, solicitando a proibição da venda e do uso dos acessórios.

Segundo a delegada, a decisão surgiu antes mesmo dos casos das mortes de duas adolescentes que usavam as pulseiras e foram assassinadas no último fim de semana em Manaus.

Linda Gláucia afirmou que fundamentou seu pedido com base nos crescentes casos registrados na Deapca dando conta de ataques e até mesmo casos de estupros sofridos por adolescentes que usavam as chamadas “pulseiras do sexo”.

Em entrevista, o coordenador dos conselhos tutelares de Manaus, João Furtado, que vem acompanhado os casos de violência resultantes da utilização das pulseiras, alertou comerciantes para que usem o bom senso e evitem a venda dos acessórios. Segundo ele, as pulseiras trazem somente conseqüências negativas e oferecem risco à vida dos jovens e adolescentes.

O coordenador pediu ainda aos pais e responsáveis que proíbam os filhos de utilizarem as pulseiras, e afirmou que tem realizado palestras de conscientização há mais de 20 dias. De acordo com ele, o resultado tem sido positivo, tanto que milhares de pulseiras já foram entregues a conselhos tutelares, de forma espontânea.

Justiça proíbe venda e uso de 'pulseira do sexo' em Londrina

Adolescente que usava acessório foi estuprada. Polícia investiga o caso.
O juiz da Vara da Infância e Juventude Ademir Ribeiro Richter proibiu o uso e venda da "pulseira do sexo" para menores de 18 anos, em Londrina. A decisão foi tomada depois da denúncia de estupro de uma adolescente de 13 anos que estaria usando o acessório. "Estamos também tentando conscientizar pais e diretores de escolas a não permitirem o uso dessa pulseira, por causa da nocividade que ela está representando nesse momento", disse o juiz a reportagem.

De acordo com a polícia, a jovem foi violentada por pelo menos três rapazes. Ela teria sido abordada depois de sair da escola, na região central da cidade, em 15 de março. "A menina disse que foi abordada pelo grupo e um deles arrancou a dita 'pulseira do sexo' que ela usava.

Pela cor do adereço, ela teria de pagar uma prenda aos jovens. Ela se mostrou constrangida com o fato e acompanhou o grupo até a casa do rapaz de 18 anos. A menina não relatou que eles tivessem usado arma para isso", disse o delegado William Douglas Soares.

Santa Catarina
Depois de Navegantes, onde os vereadores aprovaram lei, agora é a vez Itajaí, no Litoral Norte de Santa Catarina, proibir as chamadas pulseirinhas do sexo. O prefeito da cidade, Jandir Bellini (PP), anunciou nesta quinta-feira, 4, que encaminhará à Câmara de Vereadores um projeto de Lei para coibir o uso do adereço e de quaisquer outros que tenham conotação sexual nas escolas da rede pública municipal.

A procuradoria do município está analisando o texto da Lei. A intenção do Executivo é encaminhar o projeto o mais rapidamente possível para votação na Câmara de Vereadores.

Na semana passada, a Secretaria de Educação de Itajaí já havia orientado pais e alunos sobre o significado das pulseirinhas. Um comunicado foi distribuído nas escolas falando sobre a brincadeira e normatizando o uso dos adereços nas salas de aula.
Fonte: ogalileu.com.br e Creio.com.br

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