
O vídeo é um trecho do programa “Nunca é Tarde”, apresentado pelo
pastor na Rede Super de Televisão, em que ele foi questionado se seria
pecado um policial matar alguém em legítima defesa quando em serviço.
- Tem gente que precisa tomar tiro. Então chegou o momento, tenho que
usar um revólver não tem jeito…’ Irmão, pega o revólver, não dá pouco
tiro não, dá muito tiro. Dá muito tiro, entendeu? Descarrega. Quando
acabar de dar tiro, joga o revólver no cara. Joga o que tiver. A arma do
Rambo… Sapeca tiro no povo! Por quê? Porque tem gente que precisa tomar
tiro – respondeu o pastor.
- É faca na caveira mesmo. E vamos arrepiar o cabelo do sovaco deste
povo, porque temos filhos. E a gente tá pondo filho neste mundo é pra
quê? Pro bandido vir… Não, senhor – completa Lucinho.
Arles Gonçalves Júnior, presidente da Comissão de Segurança Pública
da OAB em São Paulo afirma que a conduta do pastor “pode ser enquadrada
em apologia ou incitação à violência ou à prática de crime (homicídio),
delitos capitulados nos artigos 286 e 287 do Código Penal Brasileiro”. A
pena prevista para tais crime é de 6 meses de detenção, ou pagamento de
multa.
De acordo como jornalista Joaquim de Carvalho, do site Diário do
Centro do Mundo, a presidente da Comissão de Direito e Liberdade
Religiosa da OAB São Paulo, Damaris Dias Moura Kuo, também assistiu ao
vídeo e classificou a fala do pastor como um “excesso inaceitável”. De
acordo com ela, o pastor da IBL não se limitou a dar uma orientação
bíblica, “como parece ter sido a pretensão da pessoa que fez a pergunta.
Ele fez um discurso indutivo, estimulante. No mínimo, imprudente”.
- Nenhum cidadão, religioso ou laico, pode se utilizar levianamente
da prerrogativa de apresentador de uma concessão pública como a
televisão, para veicular qualquer mensagem que incite a violência –
completou Damaris Kuo.
Por Dan Martins,
Fonte Gospel+
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